Ludosaico: A visão lúdica sobre uma vida “fragmentada”

É inegável o crescimento da presença dos games em nossas vidas cotidianas, e isso pode ser evidenciado pela última Pesquisa Game Brasil, onde vemos que 75,5% dos brasileiros jogam videogames. De acordo com o 2016 Top Markets Report – Media and Entertainment, publicado pelo Departamento de Comércio dos EUA, o Brasil é um dos sete maiores países do mercados de videogames, que tem uma previsão de alcançar uma receita global de 93,2 bilhões de dólares em 2019.

Esses são só alguns dos números que mostram a relevância dessa indústria tão incrível, e que abriu caminho para diversas oportunidades de pesquisas, negócios, comunicação e outras abordagens que não foram abrangidas pelas pesquisas citadas acima.

Os dois parágrafos anteriores são o tipo de conteúdo que eu postaria no Pulo Duplo, mas eles só servem para explicar como os jogos são grandes para o mundo não para mim, por isso não poderia publicar o resto desse texto por lá.

cropped-foto2.jpg

Os games sempre foram uma forma de entretenimento presente entre meus círculos de amizade. Meu primeiro contato com essas maravilhas da tecnologia foi oferecido por membros da família, em especial, por meu primo. Nós compartilhamos uma quantidade significativa de horas de jogo virando madrugadas para concluir diversos títulos de jogos que hoje são clássicos. Isso criou um forte elo de confiança entre nós dois, que dura até hoje.

Em paralelo a essa parceria com meu primo, existia uma relação de certa competição com minha irmã, na época tão ou mais habilidosa que eu em certos jogos. Essa rivalidade, tão comum entre irmãos, pode ter criado uma competição saudável que nos fez crescer tanto pessoalmente quanto profissionalmente. Hoje cultivamos o respeito e admiração um pelo outro, e nos apoiamos quando vemos que o outro está “perdendo o jogo”.

É claro que eu não poderia esquecer como a paixão por videogames foi crucial na criação de meus círculos sociais. Jogos como Pokémon Yellow, Super Smash Bros. e Mario Kart foram o meio de compartilhar momentos preciosos de minha vida com amigos. Alguns desse games também motivaram a criação de novas amizades para uma pessoa tão reservada como eu. Um “quer trocar seu Hauter pelo meu Machoke?” funcionava muito melhor do que um “olá quer ser meu amigo?”.

Como você percebeu, os games foram uma parte importante da construção do que eu sou hoje. Entretanto, isso não significa que eu parei de aprender mais coisas a partir deles. Depois de vários anos sem arranhar a superfície desse universo, tive a oportunidade de participar de uma das primeira turmas de um curso sobre Game Marketing. Parecia uma tolice fazê-lo, tendo em vista meu momento de carreira em uma importante instituição financeira e minha formação em Administração de Empresas. Mas, um pequeno empurrão de meu primo fez toda a diferença quando resolvi me inscrever.

Depois desse curso, minha mente foi aberta para muitas possibilidades e conceitos como GamificaçãoAdvergames e games como mídia. Eles me ajudaram a entender que eu poderia usar aquilo que me fazia gostar de jogar em diversos aspectos da minha carreira e da minha vida. A partir desse momento, busquei entender mais sobre assuntos como a palavra fun, sobre o comportamento humano e outras questões que poderiam explicar minha motivação e a de pessoas que me cercam. Pelo caminho que tracei desde aquela época até hoje, encontrei muitos fragmentos de informação, mas com o conhecimento certo consegui juntá-los como se fossem um grande mosaico.

A criação desse blog foi motivada por essa busca constante de transformar minha vida, que na visão de muitos parece fragmentada e sem foco, em um mosaico cimentado pelos diversos conhecimentos adquiridos sobre o comportamento humano, o conceito de fun, meu auto-conhecimento e tudo o que ainda preciso estudar. Pretendo trazer tanto, “peças desses fragmentos” quanto composições sobre essas peças em meus próximos textos. Se você se interessa por esse grande mosaico ou por algumas de suas peças, te convido a me acompanhar nessa jornada.

Deixe um comentário